Hay un universo de pequeñas cosas que solo se despiertan cuando tu las nombras.

24 dezembro 2006

P.S.: Seis horas e dezoito minutos de um dia onde este acontecimento indubitavelmente deveria ser improvável de ocorrer.

Mais uma vez aqui me encontro...
Embora hoje simplesmente não queira escrever!
Hoje simplesmente não gostaria de aqui estar sentada sentindo a brisa que entra pela janela entreaberta balançar meu cabelo semi-preso. Esta mesma brisa que agora é a mais nova possuidora da temperatura que só ratifica a frieza que ando impondo aos meus últimos dias com o único intuito de tentar melhor transpô-los.
É como que ao passar as sensações para o papel, pudesse eu edifica-las. É como que registrando-as pudesse eu transpor a barreira da intangibilidade dos sentimentos a ponto de torná-los tangíveis, invioláveis, imodificáveis (seria essa a denominação mais cabível).
No entanto, recordando os meus dias anteriores, lembro-me que certa vez passando as páginas de um livro deslizei meus olhos sobre a frase: “Agora, conhecendo já a ÚLTIMA VERDADE, eu poderia fazer tudo o que eu quisesse.” E foi por isso que fui contra a minha não-vontade de escrever e me dispus a esta cadeira para tornar “imodificáveis” estas dores.
Porque chegou ao fim (acredito), e porque após este fim nada mais tenho a perder! Então, prossigo com este intento e grafo...
Assusta-me ver como uma máscara bem posta envolta por acessórios reluzentes esconde destroços. Assusta-me certificar-me que sorrisos, palavras diferenciadas, passos e ações semelhantes aos corriqueiros escondem tamanha embriaguez que os últimos eventos trouxeram.
Assusta-me perceber que hoje, véspera de Natal, ainda estou eu redigindo sobre reflexos que recentes acontecimentos alojaram em mim.
Meu Deus será que sempre irá ser assim?
Após tantas repetições passei a acreditar que sim!
Não tenho mais medo, receio do futuro, só entristece-me o ato de aceitar que desistir dos meus ideais é a única alternativa.
“Alternativa: sucessão de coisas interpoladas, revezadas, cada uma por sua vez; escolha”.
Nunca pensei que uma palavra com tal significado parecesse-me agora algo tão restrito.
Anoiteceu...
Imperceptivelmente anoiteceu...
E a noite com ela mais uma vez trouxe seus cheiros, suas luzes, as recordações das grades da minha janela onde PELAS ANÁFORAS SOU RITMADA. E ainda encontro-me aqui, como se o tempo não tivesse passado, como se apenas o sol “do lá fora” houvesse apagado-se.
Certamente apagou.
E com ele foi-se minha própria luz, meu próprio brilho, minha última chama.
Redigindo assim parece drástico, assemelha-se até com as coisas que lemos com o singelo intuito de alijarmo-nos um pouco do real, mas é assim, é desta forma nua que me sinto.
É despida por dentro que encontro-me agora, despida como os instante mórbidos do prenuncio dos términos.
Pra mim este agora se assemelha a um término.
Término de mim, término dos meus doces insumos, término das possibilidades, das minhas possibilidades.


P.S.: Seis horas e dezoito minutos de um dia onde este acontecimento indubitavelmente deveria ser improvável de ocorrer.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Pâm,
Obrigada pelo comentário lá no [Parágrafo]!
Mas o blog é aberto a todos. =)
Portanto, sinta-se à vontade para estar lá sempre que quiser.
Feliz Natal e se me perdoa a intromissão, muito ânimo e prosperidade pra tu em 2007.
Beijos

10:24 AM  

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